Travessia do Estreito de Magalhães
O Estreito de Magalhães leva este nome em honra ao navegador europeu Fernão de Magalhães, que tinha o sonho de descobrir um caminho marítimo até a Índia e por fim, provar que a Terra é redonda. Portanto, durante a primavera de 1520, a serviço do Rei da Espanha, Fernão de Magalhães comandou a expedição denominada Armada das Molucas, com destino ao Oceano Pacífico e passou pelo estreito. Por longas semanas o navegador percorreu as água geladas e o frio extremo da região, para finalmente descobrir uma passagem que ninguém sonhava existir. Mas infelizmente, o navegador português veio a falecer em Mactan, nas Filipinas, em combate com nativos, durante o curso da viagem que durou três anos. Fernão de Magalhães ficou conhecido como o navegador que empreendeu a primeira circunavegação da Terra. Mesmo a expedição tendo usado técnicas avançadas para a época, apenas 18 tripulantes sobreviveram. Dentre as características gerais, a profundidade da água do Estreito de Magalhães varia de 1.000 m a 4.000 m, e o canal é formado por infinitas enseadas, fiordes, bancos de areias, falsas passagens e baías. A passagem possui de 3 a 32 km de largura, é de difícil circulação, possui um curso cheio de obstáculos, ventos fortes de 55-60 nós, além do clima instável e suscetível a constantes tempestades, por isso o Estreito é tido como uma região de complicada navegação. Antes da construção do Canal do Panamá, o Estreito era o caminho mais rápido para se atravessar os Oceanos, sem passar pelo perigoso Cabo Horn, que separa a América do Sul do continente Antártico.
Também chamado de Região dos Magalhães, é dividido por águas territoriais do Chile e da Argentina, região situada entre a zona continental e a zona antártica, mais tarde foi rota para famosos pesquisadores e cientistas como Francis Drake e Charles Darwin, a bordo do barco Beagle que percorreu inúmeras regiões por quatro anos e nove meses, estudando variedades geológicas, fósseis e organismos vivos, e que deu origem a Teoria da Evolução das Espécies, utilizada até hoje.