Aqui vai apenas uma opinião pessoal de quem já experimentou inúmeras formas de tratar a corrosão. foram elas:
- jateamento com granalha
- uso de esmerilhadeira com escova de aço
- desincrustador pneumático ou agulheiro
- ácido fosfórico
- anodos no exterior
Inicialmente, quando não tínhamos acesso a máquinas elétricas utilizávamos apenas a picadeira (martelo utilizado para tirar a escória da solda) e uma escova de aço manual. O resultado era muito ruim, mas isso era feito apenas como medida provisória.
Depois começamos a utilizar instrumentos elétricos, tais como esmerilhadeira, com lixa para promover aderência e escova de aço para remover as partículas mais finas da ferrugem em locais ondulados. O resultado era um pouco melhor. Dessa forma poderíamos conseguíamos manter a chapa tratada por até 12 meses.
Vale a pena aqui um pequeno adendo. Estamos falando de condições severas de tratamento. Seja pela influência do meio, devido o fato de realizarmos o combate a ferrugem dentro do mar. Seja pela umidade do ambiente. E também pelo fato da pilha galvânica que temos em alguns locais, que apresentam elevada corrosão. Locais esses onde realizamos a união de aço carbono com aço inoxidável.
Depois conseguimos realizar o jateamento com granalha em todo o casco. Esse processo sim teve um resultado muito superior a todos os que já havíamos utilizado. Estávamos com o barco no seco, relativamente longe da água salgada e podendo realizar um tratamento com uma qualidade melhor.
Após o jateamento as superfícies tratadas duraram cerca de 4 anos sem apresentarem fortes sinais de ferrugem (oxidação).
Aqui vale mais um adendo. Devemos lembrar que os pontos mais afetados sempre serão as extremidades e os pontos de força.
As extremidades pelo fato da saída da corrente elétrica. Mesmo que o veleiro esteja com seus bancos de baterias isolados do casco completamente, fato esse quase impossível. Pois devemos lembrar que o motor tem que estar conectado com o negativo da bateria e conseguirmos isolar o motor por completo é uma tarefa um tanto difícil. Nós utilizamos suportes de borracha e aço carbono que conseguem dar um isolamento bom. Mas a região gera uma corrente elétrica muito alta, pelo movimento das correias, o movimento do eixo e tantas outras coisas mais. Agora, isolada da bateria, pode-se dizer que estamos.
Os pontos de força também apresentam uma oxidação muito superior às outras superfícies. Devemos pensar que por serem pontos de força a movimentação das moléculas será muito maior.
Mas os locais de maior corrosão sempre serão a proa e a popa da embarcação.
Sobre o uso das tintas iremos falar posteriormente, pois esse é um assunto muito extenso e delicado.
Caso tenham quaisquer dúvidas basta entrar em contato!